quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Um olhar


Um olhar fixo; lento.
Aquele olhar que nada enxerga;
Mais tudo ver
Um olhar ardente; penetrante.
Um olhar observador
Um olhar sério; rígido.
Um olhar paquera
Um olhar carinhoso; manso.
Um olhar frustrante; gélido.
Um olhar brilhante; esplêndido.
Um olhar criativo; novo.
Um olhar esperançoso; firme.
Um olhar rápido; desconfiado.
Um olhar tímido; forçado.
Um olhar no horizonte; distante.

Com a velocidade de um olhar
É que se anda
Na fixação de um olhar
É que se pensa
Com modos diferentes de olhares
É que se fala
Na intensidade de cada olhar
É que se sente
E assim em diferentes olhares
É que se vive.


Josemário de Carvalho Oliveira

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

"As pessoas não sabem viver"

Pois é, as pessoas vivem uma vida de ilusão
Pensam que são donas de tudo, donas da razão, mais nem se quer sabem entender o seu próprio eu...

As pessoas cospem ódio, vomitam arrogância, porém, nunca provam da simplicidade, tão pouco mastigam a humildade e nunca engolem a verdade...

As pessoas conseguem enxergar muito, tem um olhar superficial esplêndido, mais nunca conseguem ver o seu próprio umbigo, não conhecem o seu eu...

Elas não são imaturas por falta de experiências, mais sim por não aceitarem a verdade, por não se colocarem no lugar da outra...

Todos temos que entender que, nem tudo acontece como foi previsto: e que cada ser já tem sua opinião formada
Por isso, não deveríamos ficar tentando persuadi uns aos outros...

Somos seres: humanos nem sei porque, pois bem poucos sabem o que é humanidade

Somos fantoches, somos máquinas que reproduzimos o que vemos
Somos meros espectadores do destino, que dentro de uma linguagem enrustida transmitimos a inverdade e a infidelidade.

Josemário O Poeta Caipira

sábado, 16 de outubro de 2010

"Sonho de Vida"

Sou apenas um sonâmbulo, um sonhador das madrugadas
Pelas ruas tão desertas, chorando águas passadas
Sem nada ter a falar, também sem escutar nada

A vida é muito judia, me machuca por querer
Causa lágrimas em meu rosto, e perturba o meu ser
Provoca o meu coração, só me causando sofrer
E por vezes até penso, em desistir de viver

Mais do tudo ainda sou nada, isso posso garantir
Na verdade sou mentira, mais não consigo mentir
Das noites eu sou os sonhos, mais nem sono quero sentir
E das palavras sou o não, que por muitas vezes ouvi

Será que terei a paz? O futuro é quem dirá
Talvez poderei dormir, para ao menos sonhar
Com a tão pretendida felicidade, que eu só ouvi falar

Quando isso acontecer, encontrarei a saída
No fundo da realidade, das estradas percorridas
Fará-se então verdade, todo meu sonho de vida


Josemário O Poeta Caipira

Sou Romântico

Tão explícitas são minhas palavras
Que até me causa exaustão
Pergunto-me, porquê tanta seriedade?
Em um só ser, num único coração?

Talvez por isso vivo só
Da rejeição sou acalento
Hoje as mulheres não apreciam rosas
Elas não dão valor aos sentimentos

As lindas frases de amor ficaram no passado
Os almejo já não tem mais lema
Todos os sonhos foram sufocados
Já não tem sentido os meus poemas

Os lamentos de amor já não são verdadeiros
Tudo é uma ilusória devassidão
Não vale a pena ser companheiro
É inútil pedir perdão

Guardo meus sentimentos risonhos
Minha polêmica da espanto
Pois vejo exterminados os meus sonhos
E ainda sou romântico


Josemário O Poeta Caipira

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Dúvidas de amanhã

Como será o amanhã?
Como poderei eu saber?
Viverei para contar
Porém, a dúvida continuará
Pois, outros amanhãs vão haver

Sonharei hoje com o ontem
Contarei o que foi sonhado
Agora almejo um futuro
E esse agora amanhã é passado

Tristeza, alegria, sorriso ou pranto
Estado quais podemos estar
A alegria as vezes causa pranto
De triste se ri para disfarçar

Pensemos em todo um futuro
Sonhamos com glória e esplendor
E se a realidade for misérias, apuros?
Mesmo assim falaremos de amor?

Para não ser intolerante, importuno
Deixo o futuro a quem pertence, a Deus
E se amanhã for guerra, fim de tudo?
Fará então sentido os pensares meus?



Josemário, O Poeta Caipira

MISTÉRIO

Já é dia, e o sol aponta novamente sob a serra, trazendo consigo um brilho irradiante e a certeza de uma vida. O campo cinzento contempla a sua chegada, e os pássaros em algazarras fazem a festa; as folhas molhadas com as gotículas do sereno da noite realizam sua fotossíntese.
Seres humanos e animais, trafegam em uma rotina viciosa que o destino os obrigam, e o dia se passa, e a noite se aproxima, e a vida continua com seus devaneios.
São momentos vividos, são coisas que passam, é um ciclo marcado, é uma história contada... É realidade sentida, é um sonho sonhado, é presente, é passado, é futuro, é mistério no ar...

Josemário, O Poeta Caipira

sábado, 9 de outubro de 2010

"Dúvidas"

Sei que para todas as minhas dúvidas há uma resposta, e é por isso que não vou parar; buscarei todas as alternativas possíveis até encontra o porquê dos porquês, para que não haja tantos mistérios.

Não que terei respostas para todas as perguntas, porém, saberei as medidas cabíveis à serem tomadas, e na melhor estratégia encontrarei a solução exata.

O mundo parece grande, e dentro dele existem tantos os problemas que se mostram insolucionáveis; no entanto, ele se torna minúsculo ao caber dentro de uma só mente, e esses tantos problemas se tornam pouquíssimos, ao serem solucionados em uma só vez.

Não há nada difícil, nem complicado; a maior dificuldade do ser humano é a de ter uma auto-estima elevada, para poder acreditar em se próprio, pois, as maiores complicações de nossas vidas são frutos de nossa própria imaginação.

Não serei eu mais um fruto do pecado, desse emaranhado sistema chamado "globalização". Más serei sim um pesquisador do destino, tentando encontrar uma lógica para cada coisa...


Josemário, O Poeta Caipira

"Te amei"

Te amei sim...
Você não percebeu, mais eu te amei
Por mais que não demonstrei, te amei
Por mais que não denotaste, estava te amando
Muito fingir não importar com sua ausência
Mais continuava a te amar

Te amei sim...
Do meu jeito, mais te amei
Sei que sou um pouco diferente
Mais tenho meu modo de amar
Posso ser até um pouco silvestre
Mais também amo, e te amei

Te amei sim...
Deixei tudo para trás, só para te amar
Deixei minha origem, para dar-te o meu amor
E mesmo assim, enganava meu próprio eu
Fingindo não te amar
Mais te amei...

Só que cansei...
Cansei de fazer tudo por você
E você não perceber
Saber que fiz tudo porque te amava
Sem você dar valor

Te amei...
Fiquei constrangido com o fim
Sofri...
Não quis aceitar, mais conformei-me
Hoje tenho uma história para contar
Mesmo com sacrifício conheci o amor

Dizem que o amor não acaba
Mais o meu por te acabou
Mesmo porque, o amor é igual a plantas
Se faltar a seiva ele morre
Pode até brotar em outra semente
Mais na mesma, jamais...

Com tudo isso
Tenho honra em dizer que amei
Talvés diferente de todos
Mais conseguir amar
E amei...


Josemário, O Poeta Caipira

"Mulher"

A flor mais bela é a mulher
Digo porque tenho certeza
Ela não é nascida no campo
Mais é fruto da natureza

És linda, rica e odorante
Mais muitos não a dão amor
Considero estúpidos ou ignorantes
Os que não reconhecem seu valor

É ela que nos dá a vida
E faz a vida ter sabor
É ela que nos dá carinho
E nos aconchegam em seu calor

Às vezes não reconhecemos
Quanto elas representam em nossas vidas
Muitas vezes magoamos
Deixando de dar amor e guarida

Elas não são frágeis, são delicada
Devem ser bem mais queridas
Todo homem tem que se conscientizar
E tê-las em primeiro lugar em suas vidas

Josemário, O Poeta Caipira

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

"VAI SAUDADE"

Olá saudade
Novamente tu chegas nessa hora tão incerta
Faz desse meu peito um mulambo
Dá um nó que não desata
Torna-me um peregrino
Do tanto que me maltrata

Ô saudade, porque tu não voltas?
Deixe-me por favor
Porque tu não me consolas
Com as lembranças que ficou
Ou então tu vais embora
E trás de volta o meu "amor"!

Por favor, não venha mais
Deixe-me viver sossegado
Nunca mais tu me perturbes
Nem me lembre do passado
Não quero mais te sentir
Quero amar e ser amado
Não te sentirei mais "saudades"!
Pois vou estar perto
E assim serei realizado

Vai saudade
Não chegue mais perto do meu ser
Gostar, sei é bom de mais
Mais te sentir é sofrer
Ainda te sinto, pois gosto
Mais é um grande doer
O melhor é estar perto
Pois adoro o viver
Muita saudade causa ansiedade
E de saudades não vou morrer...
Josemário, O Poeta Caipira

Será que é o fim?

Fui caminhando, então me perdi entre a multidão.
Tantos rostos, e em cada um deles uma história; vezes alegres, vezes tristes, porém, cada um com sua dor.
Pessoas desconhecidas, mal encarads, frustadas, amedrontadas: em cada semblante um jeito diferente de ser gente.
Gente que muito pode e nada faz, gente que chora com fome sem um pão para comer; uns poucos desperdicando muito e muitos sobrevivendo de migalhas.
Uma grande multidão sofrendo com dor e uma pequena parte causando essa úlcera e fazendo a doer.
Então me perdi...
Perdi-me sim, porque mesmo sabendo qual caminho a tomar, não encontrava mais forças para ir avante.
Estava cansado, com fome e com sede: cansado de injustiças, com fome de humanidade e com sede de vitórias e por tudo isso não deu para seguir...
Os meus ossos estavam quase quebrando, corroidos pela osteoporose do tempo, e o meu cérbero se encontrava com um tumor malígno chamado realidade.
Então parei...
Ai perguntei-me, será que é o fim?
Mais minha vontade de vitórias disse "não", a vida não para por aqui; o mundo ainda tem jeito.


Josemário O Poeta Caipira