quarta-feira, 30 de março de 2011

O Barulho do Silêncio

Estou louco, minha cabeça gira e os meus pensamentos confundem entre se.

Também não enxergo, pois meus olhos estão vetados com um tapume chamado alienação, já não consigo criar mais nada, o que faço são efêmeras cópias.

Acho que perdi a sensibilidade, não sinto mais o gosto das vitórias, nem o perfume dos campos e tampouco consigo ouvir o silêncio.

A verdade é impossível de se apalpar, e já não sinto a temperatura de minha´alma.

Para tudo existe um preço, e estão querendo negociar o meu espírito, já compraram minha dignidade e a minha verdade foi sorteada.

Penso em seguir, porém, quero voltar.

As necessidades espirituais já não são inerentes a mim, o meu Psico emocional também já não é controlável e em virtude a tudo isso, me sinto culpado por danos que não causei.

Sinto-me só entre a multidão, entretanto, me asseguro sobre minhas certezas; apesar de saber que nada é real.

Às vezes me sinto objeto, outras vezes me sinto gente.

Sinto-me lesado por minha própria consciência, pois, meu alvo já não está tão direcionado.

Por fim sigo; com as forças já quase se esgotando, e o coração sem palpitar, cego e mudo, escutando apenas "o barulho do silêncio"...


Josemário de Carvalho

sábado, 26 de março de 2011

Eterna Saudade

Escondido no canto da vida
Com o peito em desatino
Caminhei por minha infância perdida
Sentir-me novamente menino

Corri, brinquei, chorei alto
Teimei, sujei-me, fiquei emburrado
Banhei-me no rio, dei saltos
Errei, omiti e fiquei calado

Bela parte da vida que pouco vivi
E que o tempo levou e não volta jamais
Por onde andam meus colegas; os campos onde corri
As gargalhadas que dei se foram nos temporais

Provo hoje do amargo da vida
Pois, o doce com a friagem do tempo derreteu
E os sabores das frutas que foram comidas
Com a acidez do tempo seu gosto perdeu

Quem dera um dia voltar ser menino
Para aproveitar da infância de felicidades
Arrancaria do peito esse meu desatino
E gozaria da vida sem rancor nem maldades
Mas como isso é um sonho, viverei meu destino
Conformarei com a dor da eterna saudade

Josemário de Carvalho Oliveira

Incerto

Aqui; porém distante
É como me sinto agora
Parado; viajando em pensamentos
Sorrindo; chorando por dentro
Relógio quebrado, sem horas

Fingindo a alegria, com dor
Curando essa dor com um sorriso
Correndo no tempo; sem pressa
Meditando; pensar é preciso

Tentando ser forte, no fracasso
Sem querer cair, tropeçando
Buscando algo, no nada
Mostrando um sorriso, chorando

Estendendo a mão, caindo
Tentando levantar, abraçados
Unindo forças, incansáveis
Querendo falar, engasgado

Em busca de um futuro, incerto
Perdendo batalhas, lutando
Quebrando tabus, perdidos
Em frente ao nada, sonhando
Seguindo seu alvo, o vento
E a vida tão bela, acabando


Josemário, O Poeta Caipira

ESQUEÇA DE MIM

Quero que esqueça as belas frases que a te minha boca pronunciou
Que não lembre nem sonhando que meus braços te abraçaram
Nem imagine um dia que os meus olhos choraram
Que não faça a mínima ideia o que meu sorriso expressou
Tomaras que nunca tenha sonhado, que o que eu sentia era amor

Quero te dizer com toda firmeza para se esquecer de mim
Que o que pensavas que era sério, era bobagem para mim
E aquilo que pensava que era um começo, eu já previa o fim

Quero que digas com toda certeza, que para sempre vai me esquecer
Goze de todos os desejos, mas não queira mais me ter
Espero que nunca tenha imaginado, que já gostei de você
E não atravesse o meu caminho, pois não quero mais te ver

Saiba que se já fiquei contigo foi por falta de um bem
Se já beijei tua boca é porque não tinha ninguém
Quando eu te acariciei, foi pensando em alguém
Se eu falei belas frases, elas não tinham um porém
E quando terminei contigo, foi pra não brincar também

Peço até que me desculpe, se as minhas palavras te magoaram
E que nunca mais se lembre, o que teus olhos choraram
O destino e o tempo foram culpados, dos males que nos causaram
Também te peço perdão, por de teu amo te zombado

Espero que a minha mensagem chegue até ao seu ouvido
E que traduza o que digo, com o mais puro sentido
E que quando terminar de ouvir, já tenha me esquecido.

Josemário, O Poeta Caipira

segunda-feira, 14 de março de 2011

POETA

Viaja poeta, e em tuas viagens encontre a solução para os teus problemas
Não desarme os guerreiros, mas iluda os teus oponentes
Sonhes poeta, e transforme os teus sonhos em realidade
Colete o néctar da flor, sugue a seiva da árvore que não frutifica
E regue as que te dão bons frutos

Vá poeta, voe com as asas da imaginação
E construa lá no topo o teu castelo soberano
Beba a última gota da água da esperança
E deguste da única fatia do pão da vida

Navegue no mar da sabedoria
E deixe que tua jangada seja levada pela brisa do futuro
Deixe que o brilho do sol clareie o teu dia
E que a composição orgânica do solo fertilize a tua mente

Encontre a tua musa inspiradora as madrugadas no céu
E sinta o cheiro do lírio no jardim dos sentimentos

Não chores poeta
Cante com os pássaros o cântico da liberdade
E deixe que o fogo aqueça o seu corpo
Para que tu não morras com frio na neve da desilusão

Caminhe poeta, siga essa trilha até a curva da consciência
E ao chegar na estação da percepção verás que tuas escolhas te conduziram até ali...


Josemário O Poeta Caipira

Dia da Poesia


Todo ato expressa um sentimento
Uma proposta de dor ou alegria
Cada uma com seu fundamento
Linguagem e linguajares que se criam
Cada mensagem acarreta um pensamento
A viajar o meu desvaira
Ao fazer meu agradecimento
Ao dia poético da poesia

Poesia é uma linguagem bonita
Que flui em meu pensamento
Um mero poeta que se explica
Com todo contentamento
Poesia é mensagem que fica
E renova sentimentos

Hoje é o dia mais bonito
Tudo é festa e alegria
Os poetas soltam gritos
E as poetisas sorriam
Todos falam, eu explico!
É o dia da “POESIA”!!!


O Poeta Caipira